16 de nov. de 2019

As Soluções Econômicas do Fascismo (1923)


    O governo fascista pôs imediatamente em estudo, a solução dos numerosos problemas econômicos e financeiros que paralisavam a vida da nação: para este efeito, ele considerou medidas de três espécies diferentes:

a) Restauração da organização privada da produção, mais econômica e mais remuneradora do que a organização do Estado;

b) Proteção do capital privado, o que, de uma parte induz a economizar, de outra parte, incita os econômicos a por em circulação os seus capitais;

c) Reconhecimento da necessidade do capital como elemento essencial à produção, dado que a propriedade privada do capital é o único meio que permite obter a constituição e o acréscimo da riqueza.


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    Deve dizer-se que o Nacionalismo Italiano permanece impreciso? Não, seus fins são tão fixos que seus caminhos, para lá chegar, são retos:

    Paz no interior; extinção da luta de classes; fusão obrigatória dos partidos em proveito do trabalho e, por consequência, da prosperidade.

    Regeneração do trabalho, por uma nova doutrina sindicalista. adoção de um regime econômico menos estreito [...].

    Abandono pelo Estado, de seu embargo sobre os serviços ou explorações públicas. Reforço do poder do Estado em seus três domínios estritos:

  1. º A ordem pública;
  2. º A defesa nacional;
  3. º O ensino.
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    Da concorrência nascerão forçosamente o aperfeiçoamento do aparelho e a diminuição das tarifas. O cidadão só poderá ganhar e o Estado nada perderá, sendo dado que ele será o árbitro das concessões, o dono dos contratos.


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    A abolição do monopólio dos telefones é já um fato virtualmente realizado. Essa medida tão frequentemente reclamada, considerada, estudada em outros países, porém nunca resolvida, nunca realizada, um homem enfim a aplica e ninguém com isso se sente prejudicado. Arrendando a altos preços o solo das cidades aos instaladores de cabos, ele estará rigorosamente em sua função nacionalista; ele explorará o terreno da nação para o maior proveito do Tesouro da nação, e subtrair-se-á às dificuldades puramente comerciais que ser-lhe-iam difíceis de transpor e incompatíveis com a sua dignidade.

    Essa renúncia aos monopólios deve acarretar, rapidamente com o fim do funcionalismo; mas por penoso que isso seja aos partidários da "aurea mediocritas", nada é mais desejável para um povo ativo e ambicioso. Todo funcionário, eximindo-se à luta pela via, tira-lhe um pouco do seu valor combativo, separa-se, em uma palavra, do "feixe" comum [...]. Que cada cidadão desenvolva em si o senso das responsabilidades, e esse tormento coletivo engendrará uma expansão salutar de que o nacionalismo será acrescido e fortificado.

    Mussolini vê, certamente, muito longe, abolindo os monopólios do Estado: ele não pretende nada menos do que destruir o parasitismo de que sofre a árvore nutridora do orçamento.

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    " . . . Para a Itália, a questão não é mais entrar no socialismo, pois nós aí já estamos. Trata-se de sair dele. Trata-se de retirar do Estado atribuições para as quais ele não tem competência e das quais ele se desobriga mal [...]."
—Benito Mussolini

Mussolini: Arquiteto do Futuro. Homem Christo Filho. Vecchi Editor, Rio de Janeiro, 1937.

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